Conheça a história, as obras sociais e os milagres de Irmã Dulce
Ao longo da vida recebeu o apelido de “O anjo bom da Bahia”. Mas ao nascer, no ano de 1914, em Salvador, foi chamada de Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, filha de Augusto Lopes e Dulce Maria.
Aos 7 anos, enquanto era apenas uma criança que gostava de bonecas e futebol, Irmã Dulce perdeu a mãe, que tinha apenas 26 anos. E foi por causa da mãe, que já adulta, adotou o nome de Irmã Dulce como religiosa.
Nos anos que se seguiram, logo no início da adolescência, Irmã Dulce já dava indícios de sua vocação ao trabalho com a população carente. Seguindo uma herança da própria família de cuidar dos mais pobres, com apenas 13 anos transforma a própria casa em um centro de atendimento.
Seu senso de justiça e destemor a fez acolher centenas de mendigos e doentes. Nessa época, a vizinhança apelidou sua casa de “A portaria de São Francisco”. Desde aí, Irmã Dulce já começa a manifestar o desejo de se dedicar à vida religiosa.
Em 1933 entra para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição e, como dissemos, adota então o nome de Irmã Dulce, em homenagem à mãe.
Foram muitas as obras sociais de Irmã Dulce durante sua vida. Confira uma linha do tempo com algumas:
1935 – dá assistência à comunidade pobre de Alagados e começa a atender operários.
1936 – Funda a União Operária São Francisco, organização operária católica que dá início ao Círculo Operário da Bahia.
1939 – Inaugura o Colégio Santo Antônio, escola pública voltada para operários e filhos de operários.
1941 – Inicia a obra do quilo, para ajudar as famílias carentes dos operários.
1949 – Ocupa o galinheiro ao lado do convento inaugurado em 1947, após a autorização da sua Superiora, com os primeiros 70 doentes, dando origem a tradição propagada a décadas pelo povo baiano, de que a Serva de Deus construiu o maior hospital da Bahia, a partir de um simples galinheiro.
1950 – inicia o atendimento aos presos da conhecida cadeia Coreia, que sofriam com a falta de atendimento e higiene. Inicia também o serviço de alimentação a preço popular no Círculo Operário da Bahia.
1959 – Funda a Associação Obras Sociais Irmã Dulce
1960 – Inaugura o albergue Santo Antônio, com 150 leitos.
1964 – inaugura um centro educacional para meninos sem referência familiar.
1974 – inaugura um pavilhão no hospital dedicado ao atendimento de pessoas com deficiência.
1983 – Inaugura o novo hospital Santo Antônio, com 400 leitos.
Irmã Dulce morreu aos 77 anos, em 1992, no Convento Santo Antônio.
Já em 2000, a Igreja inicia o seu processo de beatificação. Seus restos mortais são então transferidos para a Capela do Convento Santo Antônio. Em abril de 2009, o Papa Bento XVI reconheceu suas virtudes heroicas e lhe concedeu o título de Serva de Deus.
As relíquias foram então transferidas para a sua capela definitiva, a Igreja da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, construída no antigo local do Círculo Operário da Bahia e do Cine Roma, um dos cinemas que ela construiu para arrecadar fundos para as obras sociais.
Em 2019, após a confirmação do segundo milagre de Irmã Duce, o Papa Francisco anuncia sua canonização no dia 13 de outubro deste ano, sendo a primeira santa nascida no Brasil.
Os milagres de Irmã Dulce
O primeiro milagre analisado no processo de canonização aconteceu em 2001, nove anos após sua morte, quando Cláudia Cristiano dos Santos teve uma hemorragia após o parto e foi curada graças às orações do padre José Almi à Irmã Dulce.
O segundo, anunciado apenas este ano, relatou a cura de um maestro e violinista cego por 14 anos que, em uma noite de insonia rogou à Irmã Dulce por sua cura. Ao acordar na manhã seguinte, estava enxergando.
O que visitar em Salvador para estar mais perto de Irmã Dulce
Para quem admira a vida e a obra de Irmã Dulce, a primeira santa brasileira, ao visitar Salvador não pode deixar de conhecer alguns pontos de interesse.
Um deles é o Memorial Irmã Dulce, inaugurado em 1993, um ano após a sua morte. São mais de 800 peças expostas como o seu hábito, fotografias, documentos, objetos pessoais e o quarto intacto de Irmã Dulce com a cadeira onde ela dormiu por mais de 30 anos como promessa.
Ao lado da sede das Obras Sociais Irmã Dulce, também é possível visitar o Santuário Irmã Dulce ou Igreja da Imaculada Conceição de Deus que abriga as relíquias da santa em uma capela circular de pé direito triplo. A Igreja foi construída com doações.
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