Betânia: a cidade onde viveu Santa Marta

Em 29 de julho, celebramos a história dos 3 irmãos e grandes amigos de Jesus que viveram na cidade de Betânia e que desde 2021 são celebrados juntos.

A cidade de Betânia é marcada na memória dos fiéis católicos como a aldeia em que viviam os 3 irmãos Marta, Maria e Lázaro, amigos de Jesus Cristo. Betânia era localizada na antiga Judéia, atual Cisjordânia, a poucos quilômetros da Cidade Velha de Jerusalém, e era tradicionalmente conhecida por outros 3 nomes: al-Eizariya, Azariyeh ou Lazariyeh. 

O nome grego Betânia vem, possivelmente, do hebraico bét nîyyah, contração de bét nanîyah significando “casa de Ananias”. Também pode significar “casa ou lugar dos figos verdes” ou, ainda, “casa dos pobres”.

Cidade de Betânia e Jesus

Igreja de Betânia

Igreja de Betânia

A bíblia conta que um dia Jesus soube que Lázaro estava muito doente e veio a falecer, por isso foi visitá-los na cidade de Betânia e encontrou Marta e Maria desoladas. A emoção era tamanha que Jesus se comoveu e chorou. E por alguns dias, manteve-se distante do túmulo de Lázaro, até chegar o 4º dia. 

Ao chegar no túmulo, Ele ordenou que tirassem a tampa que fechava o local e mandou que Lázaro saísse. E assim foi feito. A partir daí Lázaro se tornou o primeiro e único Santo que morreu duas vezes. 

Igreja de Betânia

Interior da Igreja de Betânia.

Essa mesma casa onde os irmãos viviam continua de pé e é, atualmente, a casa mais antiga da cidade de Betânia com seus mais de 2 mil anos e recebe peregrinos de todas as partes do mundo. 

Além da casa, os peregrinos também podem visitar o túmulo de Lázaro

Santa Marta, Maria e São Lázaro celebrados juntos

Igreja de Betânia

Interior da Igreja de Betânia.

Em 29 de julho de 2021 foi a primeira vez em que os três irmãos e santos foram celebrados juntos pela Igreja Católica, graças a um decreto do Papa Francisco emitido pela Congregação para o Culto Divino em 2 de fevereiro do mesmo ano. 

O padre Corrado Maggioni, presidente do Comitê dos Congressos Eucarísticos desde aquele ano, nos explica porque esta decisão é importante para pôr  fim a uma incerteza sobre a identidade de Maria. 

“A tradição ocidental nos transmitia uma dúvida: no passado alguns estudiosos identificavam Maria de Betânia com Madalena, Maria de Magdala, mas na realidade já na década de cinquenta os que trabalhavam na reforma do Calendário Romano já tinham verificado que essa identificação era incerta. Pensou-se, portanto, que já tinha chegado o tempo para resolver definitivamente esta perplexidade, até porque o nosso Dicastério recebia pedidos para unificar na mesma celebração os santos Marta, Maria e Lázaro e já existiam calendários, como o dos beneditinos ou o da Terra Santa, que celebravam juntos no dia 29 de julho estes três irmãos, amigos de Jesus”. (Fonte: Vatican News)

E ele complementa: “por outro lado, o Martirológio Romano restaurado, publicado em 2002, já havia esclarecido esta dúvida sobre a identidade de Maria de Betânia. Assim, fizemos este pedido ao Papa para que a variação ao Calendário Romano Geral pudesse ser aprovada”. (Fonte: Vatican News)

Acolher Jesus 

A celebração dos 3 santos é um belo convite para todos os que carregam a fé em Cristo. Suas histórias nos mostram que todos e todas são capazes de receber Jesus em suas casas, por isso o dia 29 de julho é dia de recordar as amizades e as relações familiares que ajudam a sentir e viver a Palavra de Jesus. 

 “Pode acontecer que a família seja um impedimento à adesão ao Evangelho, a fazer escolhas radicais para seguir Jesus”, explica o Padre Maggioni. “Mas a casa de Betânia nos mostra que são precisamente as relações familiares, irmãos, irmãs, parentes, que nos ajudam com seu exemplo a abrir nossos corações para acolhê-Lo”. (Fonte: Vatican News)

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